O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta terça-feira (10/6), o interrogatório dos réus do "núcleo crucial" da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.
A sessão começou com o depoimento do ex-comandante da Marinha no governo de Jair Bolsonaro, almirante Almir Garnier. Além dele, ainda faltam ser interrogados o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro nas eleições em 2022, Walter Braga Netto.
No interrogatório dessa segunda-feira (9/6), o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que fechou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal (PF), confirmou a veracidade da denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e declarou que o ex-presidente teve o a uma suposta minuta do golpe e sugeriu mudanças no documento, que sugeria medidas autoritárias para reverter o resultado das eleições de 2022.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, desqualificou o depoimento e afirmou que o testemunho foi marcado por uma “amnésia seletiva” e "falhas de memória convenientes".